As mulheres como chefe do Executivo tem um significado especial para os municípios no Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, o que tem sido reconhecido pela população nas reeleições e em especial, nas sucessões. Basta avaliar. Elas vêm quebrando e desafiando barreiras, até pouco tempo, que pareciam intransponíveis.
COM A CANETA
São João da Barra vive essa realidade ao longo dos anos, e tem como maior líder política a atual deputada estadual Carla Machado, prefeita por quatro vezes e que ao pedir exoneração do cargo para a disputa na Alerj, deixou sua então vice, de mesmo nome, Carla Caputi (União Brasil), que além de estar super bem avaliada, ao que parece é a com a condição mais vantajosa para se manter no cargo, disputando a reeleição em 06 de outubro.
Em Cardoso Moreira, Geane Vincler (União Brasil) também em condição muito favorável disputará a reeleição, e como vice, a atual vereadora Neriete Navarro (PP). Primeira mulher a administrar o município, Geane Vincler venceu a eleição em 2020, por nove votos, ou seja, foi a disputa mais acirrada da história de Cardoso Moreira.
CONTINUIDADE?
Em São Francisco de Itabapoana a prefeita Francimara Barbosa Lemos (Solidariedade) exerce seu segundo mandato, e, desta forma, não estará em nova disputa e tem em Yara Cínthia o nome indicado como pré-candidata pelo mesmo partido para a disputa que ainda não tem adversários definidos. Por decisão do colegiado no STF, Pedrinho Cherene (União Brasil) segue inelegível, por reprovação das contas no exercício 2016. Uma pesquisa registrada será publicada no final deste mês, e as realizadas até o momento apontam Yara Cínthia e Renato Roxinho (Republicano) com vantagem, Vereadores da base do governo que está bem avaliado, tem como madrinha da campanha, a prefeita Francimara mais bem avaliada que o próprio governo.
CAMINHO CONSTRUÍDO
Em Quissamã, a prefeita Fátima Pacheco, a primeira mulher a exercer o cargo no município e que é presidente do Cidennf e primeira secretária da Associação Brasileira de Municípios (ABM), preparou o candidato para a sucessão durante os dois mandatos. Seu vice, Marcelo Batista (PP), é o nome indicado como pré-candidato desde sempre. Como adversário político, Armando Carneiro que também vice os desafios com a justiça e que foi derrotado nas urnas na última eleição, por Fátima. Essa disputa acirrada se intensificou ao longo dos anos, e depois de derrotas nas urnas, Fátima venceu, administrou e passou a figurar como uma das maiores lideranças políticas da região.
MÃE PARA FILHO
Campos é diferente de tudo! Verdade! A cidade que teve sua primeira prefeita na história, em 2012, depois de ser governadora, Rosinha Garotinho tornou-se nome referência e permanente em sucessos e envolvimentos em denúncias que chegaram a levar a prisão, O filho, atual prefeito e que a teve como porta voz em sua eleição em 2020, demonstrou que a mãe tem enorme prestígio político e hoje, é ele o protagonista.
CHAMARAM A DELEGADA
Quem vai para o desafio de enfrentar o atual governo em Campos? Durante muito tempo esse era o questionamento, até que o presidente da Alerj e do União Brasil no estado, o deputado estadual Rodrigo Bacellar lançou como pré-candidata a delegada Madeleine. Para o marketing da campanha um ‘prato cheio’. Delegada? Polícia? Prisão? Corrupção? Gestão? Investigação? Os números ainda são incertos, até porque a deputada Carla Machado (PT) ainda pode sim ser confirmada candidata também, o que certamente faria esse tabuleiro ter novas configurações. Chegar aos quase 20% de intenção de votos sem ser confirmada, faz de Carla Machado o nome mais forte para esse enfrentamento, com o grupo hoje liderado pelo filho, o prefeito, Wladimir Garotinho que delicadamente tomou para si o comando geral, não permitindo, ou não abrindo as portas, para os pais.
E NO LEGISLATIVO?
Apesar desse avanço notável no Executivo, a participação feminina no Poder Legislativo ainda é alarmantemente baixa. A representação das mulheres nas câmaras municipais precisa de um impulso significativo. A diversidade de gênero nas esferas legislativas não é apenas uma questão de justiça, mas também de eficácia na governança. Estudos demonstram que a presença feminina contribui para uma abordagem mais equilibrada e inclusiva na formulação de políticas públicas. As mulheres da região Norte/Noroeste já provaram sua força no Executivo; agora, é hora de expandirem essa influência também para o Legislativo.
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