No cenário político do Estado do Rio de Janeiro, uma cena chamou a atenção nesta segunda-feira (17). O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), e o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), estiveram presentes na reunião realizada no Palácio Guanabara, com o governador Cláudio Castro e prefeitos que compõem o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), e escreveram mais um capítulo na histórica rivalidade entre as famílias Bacellar e Garotinho.
A história de antagonismo entre estas duas dinastias políticas não é recente. A disputa que domina a política campista por décadas foi liderada por Anthony Garotinho e sua esposa, Rosinha Garotinho, de um lado, e a família Bacellar do outro, com o patriarca Marcos Bacellar. Agora, esta rivalidade é retomada pelas novas gerações, com Rodrigo Bacellar e Wladimir Garotinho assumindo papéis de destaque em seus respectivos cargos.
Rodrigo Bacellar, à frente da Alerj, tem se destacado pela sua capacidade de articulação política e pela projeção que conquistou no cenário estadual e nacional. Sua liderança é notória e tem alcançado ampla projeção, consolidando-se como uma das figuras mais influentes da política fluminense. Por outro lado, Wladimir Garotinho, prefeito de Campos, carrega o peso do legado de seus pais e busca imprimir sua própria marca na gestão do município, enfrentando desafios e reafirmando a presença da família Garotinho na política estadual, também com o poder de articulação a ser destacado.
Vale lembrar que no cenário municipal, o chefe do Poder Legislativo é também Bacellar, o presidente Marquinho, que tem sido contundente e pedra no sapato do prefeito, mesmo tenho a maioria na bancada governista.
Mesmo com o governador Cláudio Castro tendo trabalhado para manter a estabilidade e a chamada ‘pacificação’ na Planície Goitacá tinha prazo e esse se esvaiu com os grupos anunciando publicamente a ruptura, com a consolidação de nomes em campos opostos para a disputa da Prefeitura em outubro próximo.
Enquanto Rodrigo Bacellar busca fortalecer sua posição na Alerj e ampliar sua influência, Wladimir Garotinho luta para consolidar sua gestão em Campos e expandir seu capital político. Ambos têm se esforçado para se distanciar dos conflitos passados e construir suas próprias trajetórias, mas a sombra da rivalidade familiar continua a pairar sobre suas carreiras.
Este encontro no Palácio Guanabara pode ser visto como um símbolo dos novos tempos na política fluminense. A presença das famílias Bacellar e Garotinho lado a lado, mesmo que em posições adversárias, reflete a complexidade das alianças e rivalidades que moldam o cenário político do Rio de Janeiro. O desafio para ambos os jovens líderes será equilibrar a herança de suas famílias com a necessidade de inovar.
O presente tem sido generoso com Rodrigo Bacellar e Wladimir Garotinho, já para o futuro espera-se que possam desfrutar de tudo que estão plantando. Até lá, os olhos da política fluminense continuarão voltados para cada movimento desses dois protagonistas, que escrevem, a cada dia, novos capítulos dessa história de disputas.
Capital político medido

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