O Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio de Janeiro (CRT-RJ) volta ao noticiário e mais uma vez envolvido em questões judiciais, apesar de sua recente história desde a criação em 2019. A 21ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou, nesta quarta-feira (14), a realização de uma nova eleição no prazo de até 45 dias, confirmando a existência de fraude no pleito realizado em 26 de abril de 2022.
Desde a sua fundação, em 15 de abril de 2019, o CRT-RJ acumula uma série de denúncias, incluindo uma intervenção federal e duas sindicâncias internas, e agora enfrenta mais uma judicial para corrigir irregularidades comprovadas em processo proposto por chapa que foi aniquilada da disputa.
Com mais de 150 mil técnicos industriais distribuídos pelos 92 municípios do estado, o sentimento de representação adequada parece distante. A sequência de escândalos e denúncias levanta a questão de como motivar os profissionais a participarem das eleições e acreditarem em uma mudança real neste cenário. Como convencer as empresas a se aliarem ao Conselho, mesmo que por obrigação, quando este se encontra mais associado a processos e denúncias do que ao desenvolvimento profissional?
O Conselho Federal (CFT), conforme já mencionado aqui neste espaço, também enfrenta crise devido à conduta nefasta de homens públicos, caracterizada por comportamentos condenáveis.
Agora, resta esperar a posição da atual diretoria, que desde 2022 viu e colaborou diretamente para um declínio em suas atividades de fiscalização, e ainda mais recente com membros da diretoria se desligando de seus cargos para disputar as eleições municipais, em outubro, deste ano. Os que se afastaram,, portanto, estão fora da nova disputa no CRT? Para os que se sentiram prejudicados e impedidos de disputar as eleições do CRT/RJ, em 2022, esta é uma nova chance, assim como para os milhares de técnicos industriais que exigem um fim definitivo para a decadência instalada no sistema.
Para o Conselho que tem como metas estabelecidas a fiscalização e o combate ao exercício ilegal da profissão, vale o dever de casa, porque instituído depois de 50 anos de luta, em cinco anos gestores estão causando curtos, infiltrações e rachaduras que estão comprometendo a estrutura.

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