A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem se apresentado como uma alternativa promissora para transformar a gestão e a saúde financeira de clubes brasileiros. Instituída pela Lei 14.193/2021, a SAF permite que clubes se reestruturem como empresas, com gestão profissional, acesso a novos investidores e mecanismos de recuperação econômica.
Para equipes tradicionais, como Goytacaz e Americano, em Campos, as SAF’s podem representar não apenas um respiro financeiro, mas também um renascimento esportivo.
Com histórias centenárias, Goytacaz e Americano têm enfrentado anos de dificuldades financeiras e esportivas. A adesão ao modelo SAF pode trazer benefícios concretos, mas definitivamente deverá ser de forma profissional, e sem achar que além do investimento se tem um condão de mágica que fará o clube passar a ganhar tudo esportivamente no momento seguinte.
Embora a SAF ofereça promessas de fortalecimento, sua implementação requer cuidado. É preciso negociar dívidas; resgatar credibilidade com a Federação e a Confederação no âmbito esportivo, e em especial com as Justiças Esportivas, Trabalhistas e Civil, esgarçadas por acordos não cumpridos e ignorados ao longo dos anos; estruturar governança corporativa e atrair investidores confiáveis. Além disso a valorização da marca e manter a identidade do clube junto ao torcedor é essencial para que continue apoiando.
A transformação não será instantânea, mas a SAF é, sem dúvida, uma chance concreta de devolver a glória perdida a clubes que representam não apenas o esporte, mas a história e o orgulho de suas torcidas. Para Goytacaz e Americano, o momento de olhar para o futuro pode ser agora.
Mais de 10 anos de sua morte, o ex-presidente da Ferj, Eduardo Vianna, o polêmico Caixa D’Água, alvinegro apaixonado, declarou que os dois clubes morreriam abraçados caso seguissem naquela forma, e o tempo comprovou. Esportivamente os dois se apequenaram e estruturalmente perderam muito, ou quase tudo no caso do Goytacaz que por pouco não vê seu estádio sendo leiloado por valor que praticamente só serviria para pagar sus a dívida, em que estaria na casa dos R$ 8 milhões.
E, por falar em valores, o atual presidente do Americano trouxe a tona o valor próximo a casa dos R$ 40 milhões em dívidas, um valor assustador para um clube que há cerca de década e meia se desfez de seu estádio exatamente como forma de liquidar definitivamente suas pendências financeiras.
Portanto, fica claro que não pode ser como vem sendo, a receita deu e segue dando errado. Como
disse Albert Einstein brilhantemente: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.
As SAF’s chegam como salvação para os grandes, médios e pequenos clubes, desde que em negociações bem fundamentadas.
Foto: Goytacaz F.C. / Carlos Grevi
Todo negócio que não for feito as claras, a tendência é dar errado
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