Apesar de ainda não anunciar publicamente e a política impõe que seja assim, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), entra no que pode (deve) ser o ano mais desafiador de sua trajetória política recente. Reeleito com a maior votação da história da cidade, mais de 192 mil votos, ele tem, a partir de agora, treze meses para consolidar sua gestão e pavimentar o caminho para um futuro político ainda mais ambicioso.
Isso porque, ao final desse período, deverá se afastar do cargo para viabilizar sua candidatura a deputado federal e, quem sabe, dependendo da conjuntura política estadual, até mesmo ao Senado. O limite é 02 de abril de 2026, já que as eleições ocorrem em 02 de outubro.
A aliança firmada antes e durante o governo com o vice-prefeito, Frederico Paes (MDB), que nesse provável cenário assumirá a chefia do Executivo municipal, lhe respalda a seguir o projeto de retorno à Brasília. A decisão de deixar a Prefeitura tem um propósito claro, mas para que se concretize, Wladimir precisará entregar à população aquilo que quase 200 mil eleitores confiaram a ele como uma verdadeira “procuração” nas urnas, que é o segundo mandato, e que seja marcado por avanços, realizações e soluções para os inúmeros desafios que Campos ainda enfrenta.
Governar uma cidade do porte de Campos nunca foi tarefa fácil, mas é fato que além de sua reconhecida habilidade e capacidade de articulação, também conta com os cofres robustos bem diferente do seu antecessor, podendo surfar em ondas mais claras como ocorrera, por exemplo, com sua mãe, quando prefeita também por dois mandatos.
E agora, com os ventos políticos começando a soprar em diferentes direções, Wladimir precisará equilibrar a administração com sua articulação política para garantir que sua base de apoio permaneça firme. A cidade começa a viver novas turbulências, e para que seu projeto tenha êxito precisará não apenas entregar resultados, mas também fortalecer alianças e superar resistências.
O movimento de deixar o cargo para disputar uma vaga no Congresso Nacional exigirá de Wladimir uma transição sem ruídos, para que Frederico Paes, ao assumir, tenha as condições políticas e administrativas de manter a gestão funcionando sem sobressaltos. Afinal, um governo fragilizado nos meses finais pode refletir diretamente nas eleições de 2026.
Outro ponto crucial será sua relação com o governo estadual e as forças políticas do Rio de Janeiro. O desafio é grande, mas, para um político que carrega no nome a tradição de uma das famílias mais influentes da cidade e do Estado e tem fortalecido essa que é notadamente uma marca vencedora nas urnas, e o jogo político está em curso.
Os próximos meses serão de intensa movimentação nos bastidores e de cobranças. Para Wladimir Garotinho o desafio é claro: fechar seu ciclo na Prefeitura de Campos com chave de ouro e transformar esse ano derradeiro no trampolim para o próximo grande passo, que tem o respaldo de seu partido, um dos maiores do país, o PP.
Que ao final dessa etapa, a cidade ganhe e não seja apenas uma peça nesse tabuleiro que outrora foi usado como trampolim para projetos ambiciosos e maiores e que ao final, deixaram contas altas que ainda estão sendo pagas.
Boa sorte para Campos!!!
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