Sim, uma eleição sempre dita o ritmo ou um formata um desenho para a próxima, e, se os resultados de 2024 terão reflexo nas disputas de 2026, o mesmo podemos afirmar sobre a do próximo ano visando a de 2028. Diante a essa simples posição, quais serão, ou, seriam os edis da Câmara Municipal de Campos que estariam, ao menos, em melhores condições a pleitear uma vaga na Assembleia Legislativa ou Congresso Nacional?
Sabemos que o número de votos não é o único e mais determinante fator, mas é fato que é um dos maiores balizadores. Sendo assim, associado a conjuntura política que engloba os caminhos a serem seguidos por suas lideranças políticas, podemos fazer algumas conjunturas.
Por exemplo, o mais votado da última eleição em Campos, o vereador Kassiano Tavares (PP), com 5.790 votos, pode se lançar a candidatura de Deputado Estadual, caso seu líder, o prefeito Wladimir Garotinho (PP) seja candidato ao Congresso Nacional, e seria uma dobrada interessante para ambos.
A segunda mais votada nas eleições municipais, a mais jovem vereadora do Brasil, Thamires Rangel (PMB), que fez 5.483 votos, poderia buscar uma vaga no Congresso Nacional e estar em uma dobradinha com o pai, o deputado estadual Thiago Rangel?
E por falar em família, o ex-presidente da Câmara, o vereador Marquinhos Bacellar (União) vive a expectativa da decisão de seu irmão, o presidente da Alerj e maior liderança do grupo, Rodrigo Bacellar (União), que está entre a disputa ao Governo do Estado ou a indicação ao TCE, e, sendo a segunda possibilidade a escolha, abre a chance para o irmão buscar um voo maior, estando ele impedido de buscar uma das duas disputas ao Legislativo caso Rodrigo disputa o Governo do Estado. Tendo feito 5.345 votos que garantiram a reeleição em Campos, Marquinhos estaria mais disposto a buscar uma vaga no Congresso Nacional ou na Alerj?
O atual presidente da Câmara, Fred Rangel (PP), que fez 4.666 votos e teve o apoio irrestrito do prefeito para a eleição à presidência, e aí está mais um caso familiar, já que são concunhados, tem seu nome como possível disputa.
A partir daí o que vemos são algumas possibilidades reais como, mesmo que ainda não tenham se manifestado publicamente, do vereador Maicon Cruz (PSD), que reeleito fez 4.136 votos está inserido ao grupo do prefeito de Maricá, Quaquá (PT), de quem tem recebido uma atenção muito especial e tem o nome neste momento muito fortalecido para uma disputa à vaga na Alerj, em 2026. Quem também trabalha fortemente se colocando na condição de disputar uma vaga ao Congresso Nacional, é o vereador Rogério Matoso (SOLIDARIEDADE). Matoso mais uma vez superou a casa dos 4 mil votos, tendo feito 4.325 votos e espera ter no grupo liderado por Rodrigo Bacellar, apoio para uma disputa nesse novo cenário.
Para além desses nomes temos os mais experientes que podem sempre aparecer nesse tabuleiro, como Abdu Neme (PL), e nos casos de Juninho Virgilio (PODE), que em tentativa de uma cadeira em Brasília, em 2022, fez 22.285 votos, e pode vir em dobradinha com o primo, o ex-vereador Thiago Virgílio, tentando este uma cadeira na Alerj. Tem também os vereadores Cabo Alonsimar (PDT), que em seu terceiro mandato de vereador, em 2022 chegou aos 9.811 votos em disputa ao Congresso Nacional, bem como o vereador Leon Gomes (PDT), que também reeleito na Câmara de Campos, com 3.712 votos, em 2022 fez 8.455 votos. Na lista de vereadores que foram às urnas em 2022, está também o Pastor Marcos Elias (PODE), que em 2024 fez 2.529 votos, e na disputa por uma cadeira na Alerj, fez 7.484 votos.
Vale lembrar que estamos falando de um Parlamento com 25 vereadores, em que muitos deles estão no exercício do cargo de Secretário Municipal e podem também pleitear essa chance de uma escalada no cenário político.
Uma coisa é certa, tudo isso vai depender quase que na maioria muito dos caminhos a serem seguidos pelas principais lideranças políticas dos dois grupos políticos da cidade.

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