Quem diria! O mundo político foi pego de surpresa com a declaração inusitada vinda diretamente do palco da ONU. Donald Trump, o presidente americano, padrinho político de Jair Bolsonaro, resolveu abrir o coração e disse que “gostou” de Lula e que terão uma reunião já na próxima semana.
O anúncio cai como uma bomba no bolsonarismo. Afinal, como explicar que o guru internacional da direita, ídolo máximo do “capitão”, resolveu trocar sorrisos e até abrir agenda para quem é considerado o maior rival do clã Bolsonaro no Brasil? Foi o típico momento “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Para Lula, claro, é festa. O presidente brasileiro, que adora uma vitrine internacional, ganhou um presente inesperado que é o aval público de Trump, justo ele, que sempre foi usado como arma política contra o petista. Agora, Lula pode desfilar como aquele aluno que, além de ser querido pelo professor, ainda arranca simpatia do “valentão da escola”.
Já os bolsonaristas ficaram com cara de “chocados, mas nem tanto”. Uns tentam relativizar: “Trump é pragmático”. Outros se fazem de desentendidos e afirmam que “Ele quis dizer outra coisa”. Mas a verdade é que quando Trump fala, o bolsonarismo escuta, e desta vez a fala não combinou com o roteiro.
O curioso é que a política internacional tem dessas ironias. Até ontem, Lula era pintado como inimigo de tudo o que Trump representa. Hoje, estão prestes a tomar café juntos. E Bolsonaro, que sempre citou o americano como inspiração, assiste de camarote à aproximação de seu padrinho com seu maior desafeto.
No final, pode até ser que a reunião não renda grandes acordos, mas é certo que no xadrez da política, Trump mostrou que não joga para agradar Bolsonaro, e sim para ganhar o jogo. E Lula, como bom estrategista, já entendeu o recado.
Pintou um clima, e não foi entre Bolsonaro e Trump.
Pintou um clima e sem tarifaço

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