O processo eleitoral de 2024 confirmou uma tendência crescente de consolidação da centro-direita tanto no estado do Rio de Janeiro quanto em nível nacional. No âmbito estadual, partidos tradicionalmente associados ao Centrão, conhecidos por sua habilidade em transitar entre diferentes governos, mostraram força eleitoral significativa. Destacam-se o PL, com 22 prefeituras, seguido do PP (17), União Brasil (12), e MDB e Solidariedade (9 cada), consolidando um cenário político que deve reverberar nas próximas eleições estaduais e federais. A vitória expressiva da centro-direita, com apenas três prefeituras conquistadas pelo PT, confirma a fragilidade da esquerda no estado, o que já havia sido visto nas eleições de 2022.
Essa nova configuração sugere que, com a saída de Cláudio Castro (PL) da disputa pelo governo em 2026, a sucessão deve envolver lideranças alinhadas ao campo de centro-direita, que já começam a se articular. A distribuição de forças no estado também indica uma disputa na mesma direção, em 2026, tanto para a Alerj quanto para a bancada fluminense na Câmara dos Deputados.
A reeleição de Eduardo Paes (PSD) com 60,47% dos votos em um cenário de abstenção e rejeição significativa evidencia que, apesar da vitória, há desafios políticos e eleitorais à frente. Mais de 1,5 milhão de eleitores não compareceram, e somaram-se a eles 395 mil votos brancos e nulos. Além disso, os 948 mil votos recebidos por Alexandre Ramagem (PL) e os 129 mil de Tarcísio Motta (PSOL) mostram a força da oposição e o desgaste que Paes pode enfrentar ao tentar expandir sua influência além da capital.
O resultado de 2024 é um indicativo claro de que o próximo ciclo político já começou. Com as articulações em andamento, alianças entre prefeitos e lideranças estaduais serão fundamentais para garantir espaço no Palácio Guanabara em 2026. A fragilidade do PT e o crescimento do campo conservador sinalizam que a disputa se desenhará em torno de partidos de centro-direita.
A construção de alianças sólidas e a capacidade de renovação de lideranças locais e estaduais serão decisivas na corrida para o governo estadual e para a formação das bancadas legislativas. A expectativa é que Eduardo Paes, de olho em voos maiores, jogue um papel estratégico nesse cenário, seja como aliado de uma candidatura ao governo ou mesmo como protagonista nacional.
Já o presidente da Alerj e do União Brasil, no Rio, o deputado estadual Rodrigo Bacellar segue declarando não pretender entrar na disputa para o do Governo do Estado, mas é o principal nome no momento. O tabuleiro político já está montado, e as peças começam a se mover.
Rio de Centro-Direita

Nenhum Comentário! Ser o primeiro.