E o clima foi quente mesmo na na Câmara Municipal de Campos, na manhã da sexta. A reunião convocada às pressas pela liderança e que reuniu vereadores da base governista, inclusive os que hoje ocupam cargos de secretários, para o que prometia ser apenas um “alinhamento político”. Mas o encontro virou, na prática, uma sessão de desabafo e puxão de orelha coletivo.
O motivo? O discurso inflamado do vereador Paulo Cothé, feito no plenário durante a semana, ainda está rendendo. Cothé, que faz parte da base do governo, resolveu atirar para todos os lados reclamou de promessas não cumpridas, criticou secretários e ainda expôs publicamente que alguns colegas vereadores têm muito mais espaço no governo do que outros. O recado não passou despercebido, e irritou geral.
Segundo relatos ouvidos pelo blog, a reunião foi uma verdadeira lavagem de roupa suja. Por mais de duas horas, o clima foi de tensão, com direito a caras feias, vozes alteradas e tentativas de enquadrar o colega rebelde. Pressionado a se retratar, Cothé ouviu que suas palavras passaram do ponto e que, se quiser continuar na base, precisará repensar o tom.
Mas, também ouvimos que o vereador é cabeça dura. No primeiro momento, não cedeu à pressão e manteve a posição de que ‘falou o que tinha que falar’. Com o passar da reunião, depois de muita conversa começou a admitir a possibilidade de amenizar o discurso, o que, na prática, ainda está longe de uma retratação completa.
Com grande parte do grupo governista também extremamente insatisfeito, houve o entendimentos de busca de ajustes e encontros mensais para evitar que novas crises explodam em público. Por enquanto, o fogo foi parcialmente contido, mas a fumaça da insatisfação ainda paira no ar.
Foi puxão de orelha pra ninguém esquecer quem é governo e quem é oposição. Parece que o termômetro político na Câmara continua em ebulição, e o próximo capítulo pode vir da tribuna, já na semana que vem.





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