Ainda que o calendário insista em apontar 2025, o processo eleitoral de 2026 já está em pleno andamento. Longe dos palanques oficiais e dos debates, é nos bastidores que o verdadeiro tabuleiro da política vai sendo desenhado. As eleições que definirão o futuro Presidente da República, os novos ocupantes dos governos estaduais, além de senadores, deputados federais e estaduais, já movimentam intensamente lideranças e articulações em todas as esferas.
Como sempre foi na política brasileira, os acordos começam muito antes da campanha oficial,sendo este um capítulo do processo político ininterrupto, sendo o processo eleitoral parte deste. E agora, em meio a uma conjuntura marcada por tensões institucionais, desafios econômicos e um eleitorado cada vez mais volátil, o que se vê é uma intensa movimentação para garantir espaços estratégicos. Peças importantes já estão devidamente posicionadas e alianças começam a se consolidar, ainda que nos bastidores, à espera do momento certo para serem oficialmente reveladas.
Não se trata de prever o futuro, até porque, em política, tudo pode mudar até às 17 horas do dia do pleito, quando as urnas se fecham. Mas é evidente que os grupos políticos estão se movimentando com pressa. Apoios começam a ser firmados, com cada um se aproximando de quem oferece maior identificação, seja por afinidade ideológica, por projetos comuns ou simplesmente pela força de uma estrutura já consolidada.
Nesse contexto tem também os que já ouviram das urnas um retumbante “chega” e seguem atuando como indispensáveis. É natural. Os que têm esse perfil movem-se nos bastidores, negociam palanques, costuram acordos e agem como se ainda tivessem o peso político de outrora.
Ainda assim, é inegável que os primeiros capítulos da disputa de 2026 já estão sendo escritos. E o eleitor atento já pode perceber as peças se alinhando, as estratégias sendo executadas e o jogo começando a ganhar forma, até porque, política não tira férias e o futuro, mais uma vez, já está sendo decidido agora.
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